Uma das melhores cenas do filme Uma vida Iluminada - adaptação do livro Everything is Illuminated, do americano Jonathan Safran Foer - é a do restaurante, quando o protagonista, um vegetariano, passa por certas dificuldades para pedir sua comida.
Uma curiosidade: o rapaz de chapéu é Eugene Hütz, vocalista do Gogol Bordello, quase irreconhecível no filme.
Aqui a cena completa, com seu desfecho, com legendas em inglês (todo vegetariano já passou por algo parecido):
http://www.youtube.com/watch?v=um2p4GlEbKg
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Entrevistas de Playboy - Pelé
Pelé é famoso por algumas frases, principalmente quando fala de política, como aquela em que diz que brasileiro não sabe votar. Na sua entrevista para a Playboy em 1993, foi claro ao falar de suas preferências políticas. No trecho abaixo, além disso,o ex-jogador também faz revelações sobre Xuxa:
Você a ajudou muito no começo da carreira, não?
Pois é. Nunca contei o que vou contar agora. Sei que fui importante na vida dela. Fui em quem, por exemplo, recolheu todas as fotos que ela tinha feito nua. Todas. Falei com os Civita, da Editora Abril, com os Bloch, da Manchete, com o fotógrafo Luís Trípoli, que fazia as fotos dela – tinha foto dela até em cima de táxi, em Nova York, de bunda de fora -, e todos foram muitos legais, compreenderam o meu esforço. Afinal, ela era uma menina sem maldade, muito natural, que encarava a nudez com a maior tranquilidade, tomava banho de sol nua para não ficar com as marcas de biquíni. A minha família não toleraria. O Roberto Civita me deu uma mala de fotos e de negativos. O Adolpho Bloch também e o Trípoli do mesmo jeito. Entreguei tudo para ela e disse: “Pronto, está tudo aqui. Ninguém vai usar mais. Quem trabalha com crianças precisa se cuidar”.
Sobre Paulo Maluf:
Acho que se ele tivesse sido o presidente o Brasil estaria melhor hoje em dia. Porque ele é um dos melhores administradores que temos, sem dúvida.
Sobre a ditadura:
Na época em que o Exército estava tomando conta a coisa não estava tão ruim assim.
Quem dizer que você acha que sem uma boa dose de autoritarismo não serão resolvidos os problemas brasileiros?
Eu acho que não.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Marketing na Literatura
Claro que você já viu marcas de produtos nos livros que você lê. Talvez isso não seja tão comum na literatura brasileira, mas na americana é difícil um best-seller que não apresenta marcas conhecidas. E isso é bem razoável: é diferente dizer que alguém dirige uma Mercedes ou um Fusca, ou que veste uma Levi's ou um Armani. Em A Cura de Schopenhauer, o protagonista jamais toma café, ele "para num Starbuck's". Nos livros de Murakami ninguém simplesmente fuma, mas "acende um Marlboro". Falando em Murakami, os índices onomásticos de seus livros deixam bem evidentes o uso de nomes de marcas, que são, muitas vezes, referências de cultura pop. Mas aí fica a dúvida: será que não rola jabá na literatura? As editoras e os autores receberiam uma grana extra para fazer propaganda de certos produtos, assim como acontece no cinema?
Stephen King comenta o assunto neste trecho de uma entrevista para o The Paris Review.
KING
Eu sempre soube que as pessoas teriam um problema com isso. Mas eu também sabia que nunca ia parar de fazer isso, e ninguém nunca ia me convencer de que eu estava errado ao fazê-lo. Porque toda vez que eu fiz, o que eu sentia era este bang! como se eu tivesse acertado na mosca, como Michael Jordan em um arremesso. Às vezes o nome da marca é a palavra perfeita, e ela vai cristalizar uma cena para mim. Quando Jack Torrance está se enchendo de Excedrin em O Iluminado, você sabe exatamente o que é. Eu sempre quis perguntar a esses críticos, alguns são escritores, alguns deles professores de literatura da faculdade -Que merda que você faz? Abre o armário de remédios e vê vidros cinzentos vazios? Você vê o shampoo genérico, a aspirina genérica? Quando você vai ao mercado e compra umas cervejas, ele diz apenas cerveja? Quando você abre a porta da sua garagem, o que está estacionado lá dentro? Um carro? Apenas um carro?
O francês Michel Houellebecq também é um fã do uso de marcas em seus livros, como afirma nesta entrevista também para o The Paris Review.
Stephen King comenta o assunto neste trecho de uma entrevista para o The Paris Review.
O uso de nomes de marcas em seus romances parece irritar alguns críticos.
KING
Eu sempre soube que as pessoas teriam um problema com isso. Mas eu também sabia que nunca ia parar de fazer isso, e ninguém nunca ia me convencer de que eu estava errado ao fazê-lo. Porque toda vez que eu fiz, o que eu sentia era este bang! como se eu tivesse acertado na mosca, como Michael Jordan em um arremesso. Às vezes o nome da marca é a palavra perfeita, e ela vai cristalizar uma cena para mim. Quando Jack Torrance está se enchendo de Excedrin em O Iluminado, você sabe exatamente o que é. Eu sempre quis perguntar a esses críticos, alguns são escritores, alguns deles professores de literatura da faculdade -Que merda que você faz? Abre o armário de remédios e vê vidros cinzentos vazios? Você vê o shampoo genérico, a aspirina genérica? Quando você vai ao mercado e compra umas cervejas, ele diz apenas cerveja? Quando você abre a porta da sua garagem, o que está estacionado lá dentro? Um carro? Apenas um carro?
E então eu digo para mim mesmo, eu aposto que eles fazem isso. Alguns desses caras, os professores universitários, o cara, digamos, cuja idéia de literatura parou com Henry James, eles são ignorantes sobre ficção Americana e eles transformaram a sua ignorância em uma virtude. Eles não sabem quem Calder Willingham foi. Eles não sabem quem Sloan Wilson foi. Eles não sabem quem Grace Metalious foi. Eles não sabem quem nenhuma dessas pessoas são, e eles têm orgulho disso. E quando abrem a porta do armário de remédios, acho que talvez eles vêem vidros genéricas, e isso é uma falha de observação. E eu acho que uma das coisas que eu tenho que fazer é dizer, é uma Pepsi, OK? Não é um refrigerante. É uma Pepsi. É uma coisa específica. Diga o que você quer dizer. Diga o que você vê. Faça uma fotografia, se você puder, para o leitor.
O francês Michel Houellebecq também é um fã do uso de marcas em seus livros, como afirma nesta entrevista também para o The Paris Review.
Você adora citar nomes de produtos. Por exemplo, "Robalo com cerefólio Monoprix Gourmet".
Houellebecq
"Robalo com cerefólio..." É interessante. É bem escrito. Eu também uso os nomes de produtos porque eles são, objetivamente, parte do mundo que vivo. Mas também tenho a tendência, é verdade, de escolher o produto com o nome mais atraente. Por exemplo, cerefólio é uma palavra muito atraente, mas não tenho idéia do que é cerefólio. Você quer comer algo com cerefólio. É bonito.
Houellebecq
"Robalo com cerefólio..." É interessante. É bem escrito. Eu também uso os nomes de produtos porque eles são, objetivamente, parte do mundo que vivo. Mas também tenho a tendência, é verdade, de escolher o produto com o nome mais atraente. Por exemplo, cerefólio é uma palavra muito atraente, mas não tenho idéia do que é cerefólio. Você quer comer algo com cerefólio. É bonito.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Cum on feel the noize - 3 em 1
Três versões de um clássico do rock. A primeira vez que ouvi Cum On Feel The Noize foi na pré-adolescência, com a banda de hard rock Quiet Riot, que teve seu único sucesso com esse cover da música do Slade. Aqui vão três versões em momentos bem distintos: a original nos anos 70, com Slade; a ressurreição nos 80, com Quiet Riot; e o revival dos 2000, com Oasis. Qual o melhor?
Slade
A animação da moça aos 1:04 é impressionante.
Quiet Riot
Nunca é demais apreciar a qualidade dos videoclipes oitentistas
Oasis
Nem parece cover. Transformaram em uma música do... Oasis
Slade
A animação da moça aos 1:04 é impressionante.
Quiet Riot
Nunca é demais apreciar a qualidade dos videoclipes oitentistas
Oasis
Nem parece cover. Transformaram em uma música do... Oasis
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