quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Origem - um filme que faz pensar


A Origem, de Christopher Nolan, era para ser mais um filme de ação banal, com tudo a quem tem direito um filme de ação banal, não fosse pelos espectadores e críticos. Esses espectadores conseguiram ver no filme muito mais do que ele tem, na realidade, a oferecer.

Em A Origem, tudo é falso: a realidade se confunde com o mundo dos sonhos e quase nunca se sabe se a ação decorre no mundo real ou apenas no inconsciente dos personagens. Mas a falsidade vai além da trama, ela continua na própria ideia de que estaríamos diante de um argumento original (quando já se viu isso tudo antes), de que o filme é complexo e profundo (quando é apenas propositalmente confuso e superficial), de que faz pensar.

Esse
"faz pensar" é que dá continuidade à falsidade mencionada acima. O que o filme dá, ao espectador de pouca estrada, é a falsa ideia de fazê-lo pensar, mesmo que ele não tenha qualquer pista sobre o que estaria pensando. A suposta complexidade de A Origem é a mesma de livros como O Código DaVinci ou Quando Nietzsche Chorou. O leitor/espectador/consumidor se vê envolvido por uma miscelânea de teorias velhas e bobas com roupagem brilhante de originalidade em uma narrativa que o leva confortavelmente pela mão o tempo todo. Como ele não foi exposto a nada disso antes, fica maravilhado com este mundo novo de "ideias".

O filme estrelado por Leonardo Di Caprio tem 148 minutos de duração. Ok, você dirá, uma trama complexa exige esse tempo mesmo para que seja pacientemente explicada. O problema é que em mais da metade do filme não ocorre nada além de perseguições de carro, explosões e tiroteios. Ah, sim, claro, não podemos nos esquecer das cenas de luta. Só que todas essas perseguições de carro, explosões, tiroteios e cenas de lutas são idênticas às cenas de ação de qualquer outro filme comercial e ainda duram muito mais, algumas com dez minutos ininterruptos sem diálogos, sem acrescentar nada ao filme. (diferente, por exemplo, da perseguição de carro em À prova de Morte, de Tarantino, divertida e criativa). Assim, tornam-se extremamente enfadonhas e tediosas. Mas é isso, creio eu, que o espectador médio quer ver: entretenimento puro. Mas apareceram alguns que, culpados por essas doses maciças de fotogramas direcionados a autistas, querem enxergar algo mais. E o roteiro colabora com toda essa lenga lenga pseudointelectual. Dar o nome de Ariadne a uma das personagens é um desses truques baratos.

Quanto às teorias do inconsciente propriamente ditas, são uma baboseira sem fim, com invencionices sem fundamento (como aquela das várias camadas do sonho) rasgando A Interpretação dos Sonhos, de Freud, em mil pedaços. O engraçado é que o sonho de todo mundo é idêntico à realidade, sem tirar nem por, com exceção feita, claro, aos tiroteios, perseguições e explosões. Aliás, quando foi a última vez que você sonhou com algo meramente parecido com isso? Pois é, para justificar a presença de tantas explosões nos sonhos do filme, o roteiro faz uma das acrobacias mais esdrúxulas da história do cinema, digna das comédias absurdas. Falando em comédia, chama a atenção essa frase do diretor: "Fiz questão de filmar em película e sem abusar de efeitos digitais". Só pode ser piada. Mas os fãs, inebriados, levam tudo muito a sério.

Surpreendentemente, os críticos também entraram nessa onda, fazendo avaliações positivas sobre o filme. Luis Antônio Girón, da Época, não fez uma crítica, mas simplesmente uma (mal-disfarçada) promoção comercial do filme, ou pelo menos soa assim o seu texto na revista, onde abundam adjetivos como "intrigante", "impressionante", "genial", também instiga o espectador a ir mais de uma vez ao cinema.


No fim das contas, A Origem é sim um filme que faz pensar. Quando estava no cinema não consegui parar de pensar: O que eu estou fazendo aqui?!


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Entrevistas de Playboy - Tim Maia

Em 1998 morreu Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia. O folclórico cantor e compositor brasileiro (jamais cantor folclórico!) era verborrágico e dava ótimas entrevistas. Uma das poucas registradas por escrito foi concedida à revista Playboy em 1991, mais tarde publicada no livro As 30 melhores entrevistas de Playboy (Editora Abril, 2005, 313 páginas). Abaixo, alguns trechos dessa entrevista onde fala sobre Picasso, Roberto Carlos e masturbação.


Tim Maia (1991)
Vamos esclarecer de uma vez por todas: por que você vive faltando aos shows? Isso até já é uma de suas marcas registradas.
Algumas vezes eu fiquei de rebordosa, realmente... A alguns shows eu não fui e a outros deixei de ir porque não estava a fim – para explodir a coisa. Por exemplo, eu já faltei no People porque não se tem condições de cantar lá. Não tem som, não tem estrutura, cheio de doidão e de garçom careca passando na sua frente. Tenho o maior grilo com garçom careca.
Eu sou fã dos espanhóis. Sou fã do Picasso, do André Segóvia, do Paco de Lucia – mais do que os espanhóis não existe em matéria de arte: grande pintores, bailarinos, violonistas. Pois é o mesmo povo que mata um boi do jeito que eles matam, enfiando troços no pescoço do bicho, fazendo sangrar até morrer e gritando olé. Por que não enfiam um negócio daqueles no próprio rabo e não saem gritando olé. É esse tipo de espanhol que está no Brasil: os matadores de touro, os Recareys da vida, e nós somos os touros para eles.

Sobre Ed Motta
Daí a pouco o cara ficou besta pra caramba, nem fala mais comigo. Se deixar, ele manda o Tim Maia pra casa do cacete e me apaga. Ele não quer ser o sobrinho do Tim Maia – nada dessa história de continuar amigos e parentes. Levou meu conjunto pra tocar com ele, inclusive um músico que estava comigo há dez anos. Só que este já está louco pra voltar porque acha que meu sobrinho não está com essa bola toda. Bem que eu avisei o menino: “Vai devagar, que isso é uma explosão”. Acho que a explosão dele já deu o que tinha que dar. Gravadora é maior ilusão. No começo é retratinho na parede, aquele cheirinho de limpeza e, depois, é puro escravagismo, tipo Sargentelli [o empresário da noite Oswaldo Sargentelli].

O que o Sargentelli tem a ver com isso?
Foi quem inventou esse negócio de que preto só serve pra mostrar a bunda. Então as pretas não sabem nem falar, nem comer nem se vestir, moram no morro e vão mostrar a bunda pros turistas. Eles acham bacaba, mas, também, eles não têm muita coisa pra fazer. Enquanto está vivo, ele deveria angariar fundos para fundar uma escola de pretos, já que ele botou tanta presta pra mostrar a bunda. Enfim, fazer alguma coisa pela raça.Principalmente pelas mulatas, que ele chama de mulatas, mas que são pretas mesmo. Não existe esse negócio de mulata – é light skin ou mestiço. Mulata é cor de mula. Filho de preto com branco é mestiço.

E pra transar, você é dos delicados ou dos violentos?
Eu sou artista, sou do amor. Se duvidar eu até deixo a moça me comer, de tão gentil que sou. O que eu sou é um pouco afoito por causa da fimose.

Você não acha que bebida demais também atrapalha o desempenho?
Não. Um bom uísque, bem controlado – pra também não broxar até ajuda. Com um bom 12 anos, na décima dose tanto faz ter ou não ter fimose. Fica até difícil de baixar.

Você broxa muito?
Nunca broxei na minha vida.

O que é melhor? Um grande porre ou uma grande mulher?
Uma mulher. O porre faz mal ao fígado. E também não é só sexo. Existe o amor, a companhia, tenho certeza disso. Do meu peru eu sei que elas não têm saudade. Mas do meu carinho, do papo, do violãozinho quando elas chegavam em casa, de ver a novela com elas, ah, isso elas têm.

Ser gordo atrapalha para transar?
O problema do gordo é só um: quando ele beija, não penetra; e, quando penetra, não beija.

Há pouco você declarou à Folha de São Paulo que seu hobby era masturbação. É mesmo?
É verdade. Até hoje eu toco minhas punhetinhas, graças a Deus. Às vezes, até com a mulher do lado. Masturbação é um troço da mente. Tomo um gorozinho legal, tomo um banho, aí vem a inspiração e eu descasco aquela bananinha.

Roberto Carlos é um geniozinho?
Não. Roberto Carlos é inteligente, batalhador e canta mais ou menos.

E Tim Maia?
Por enquanto é um sujeito que, em vez de estar dormindo com uma Miss Brasil maravilhosa até as 9 da manhã, acaba dormindo com uma prostituta que sai correndo às 6h43 e ainda leva quinzinho. Mas isso vai mudar.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Rubem Fonseca


Quando leio um romance ou um conto novo de algum autor consagrado, tento fazê-lo como se fosse a obra de um desconhecido, para não me influenciar no julgamento da leitura. Uso esse exercício para evitar uma coisa que eu vejo seguidamente por aí: García Márquez escreve "Era uma vez..." e já há milhares de seguidores exclamando: "É gênio!" "Incrível a habilidade dele com as palavras!", ou esse mesmo tipo de leitor, diante da capa do novo livro do Saramago na gôndola da Livraria Cultura, já se entusiasma: "Bárbaro, bárbaro!".

Pois o autor com quem mais me vali do artifício "leia como se fosse um novato" foi Rubem Fonseca. E é surpreendente aplicar essa estratégia de leitura com sua obra pois, muitas vezes, o texto parece justamente de um novato de pouco talento que, nas ânsia de imitar o estilo do seu mestre, acaba incorrendo no exagero, na repetição dos temas, no exibicionismo lexical, enfim, num pastiche gratuito. Para deixar o leitor decidir, coloco abaixo alguns trechos de livros do Fonseca. (Ah, não consigo me esquecer de uma colega de faculdade, anos atrás, que ficou indignada por ter que ler Rubem Fonseca. As palavras dela depois da leitura foram: "Fiquei chocada." Meu conselho? Vá ler Jane Austen.)

Do conto “Placebo”, do Livro O buraco na parede:

O primeiro objeto que comprei foi um relógio. Isso não parece nada de mais, mas eu era muito pobre, tinha nove anos e o dinheiro tinha sido roubado da minha avó. Eu mantinha o relógio escondido e esperava todo mundo dormir para acender uma vela de madrugada e olhar o ponteiro de segundos se mover, ouvir o tictac. O primeiro relógio portátil, invenção de um alemão no século XVI, tinha apenas um ponteiro, o de horas. Naquele tempo os minutos eram coisas desprezíveis. Antes, os relógios não tinham nem ponteiros nem mostradores e funcionavam como carrilhões apenas. E ainda antes, existiam apenas relógios de sol, ampulhetas, brinquedos, não havia pressa, não havia necessidade de marcar o tempo, nada de importante podia ser feito em minutos, nem mesmo em horas. Havia também os sinos das igrejas, a igreja sempre marcou o tempo, uma forma de controlar a vida dos fiéis, de dizer que o tempo estava passando e alertar que com a passagem do tempo o Juízo Final se aproximava. Deixei de ser um fodido porque para mim os minutos não eram coisas desprezíveis, subi na vida por ser pontual, obsessivamente pontual, nunca faltando, sempre chegando antes da hora. Aquele ponteiro de segundos do relógio comprado com dinheiro roubado de uma velha pobre me marcou para o resto da vida. Agora eu tinha mais de vinte relógios e nunca saía de casa sem estar com no mínimo dois, um no pulso outro no bolso.


Do conto Carpe diem, do livro Histórias de amor

Ele diz que só vê os filmes bons, mas quem só vê os filmes bons não gosta de cinema.

O que seria do mundo se o cinema não tivesse sido inventado?

Horrível.


Do conto Copromancia, do livro Secreções, excreções e desatinos:

Durante algum tempo conservamos e analisamos as minhas fezes e discutimos a sua fenomenologia. Um dia, estávamos na casa de Anita e ela me chamou para ver suas fezes no vaso sanitário. Confesso que fiquei emocionado, senti o nosso amor fortalecido, a confiança entre os amantes tem esse efeito. Infelizmente o aparelho sanitário de Anita era do tal modelo alto e afunilado, e isso prejudicara a integridade das fezes que ela me mostrava, causando uma distorção exógena que tornara a massa ilegível. Expliquei isso para Anita, disse-lhe que para impedir que o problema voltasse a ocorrer ela teria que usar o meu vaso especial. Anita concordou e afirmou que ficara feliz ao contemplar as minhas fezes e que ao mostrar-me as suas se sentira mais livre, mais ligada a mim.


Do livro Diário de um fescenino

“O diálogo é sabidamente um recurso de escritores medíocres.”


“Mulher é bom, mas dá trabalho.”


“Todas as verdades são velhos clichês, as mentiras é que conseguem às vezes ser originais.”


“Os escritores são maus amantes, maus amigos, má companhia.”


“Não é fácil falar e ainda mais escrever sobre as mulheres, a sensibilidade e a mente delas são muito mais complexas e ricas do que as nossas, dos machos.”


“Os únicos vendedores de sexo com características singulares são os travestis, que vivem no mundo da fantasia. Putas a veados do mundo real são iguais aos seus vizinhos.”


“Teoricamente um sujeito que lê não pode ser estúpido. O indivíduo que vive na frente da televisão apertando o controle remoto, esse, sim, é indubitavelmente um bestalhão. Se ainda não for, depois de algum tempo se tornará um. Mas, um leitor?”


“Muitos escritores se mataram e outros ainda vão se matar, talvez até eu mesmo, essa profissão costuma levar à depressão, à loucura, ao alcoolismo, às drogas e ao suicídio.”


“Eu não conheço um sujeito com sucesso na profissão que não esteja engordando.”


“Por que você se tornou escritor?”


A única resposta inteligente para esta pergunta é aquela do Montalbán, tornei-me escritor para ficar alto e bonito."


“Não procure me entender pelo que escrevo nos meus livros, por favor.”


Capítulo 2 de maio:

Almocei com o Pedro Martins, meu colega de ginásio. Hoje ele é um advogado tributarista. Não tenho muita convivência com os meus amigos, não tenho assunto com eles, mesmo com o Pedro, que conheço desde que éramos adolescentes. Não me lembro de jamais ter me sentado à mesa com amigos ou conhecidos numa tarde de sábado, ou outro dia e hora qualquer, para beber e conversar. A companhia masculina é muito chata. Com o Pedro Martins eu almoço uma, duas vezes por ano, por insistência dele. É um bom sujeito, inteligente, supõe ser um lúcido e isento observador da sociedade, mas isso não existe, o sujeito é sempre influenciado por sua libido, ideologia, religião, etnia, idade, condição sócio-econômica, tônus muscular, até pelo diâmetro abdominal. O Pedro, quando garoto, tinha o apelido de Gralha, era muito magro, raquítico mesmo. Depois do ginásio ele foi estudar direito e eu outra coisa. Fiquei uns oito anos sem vê-lo e quando nos reencontramos quase não o reconheci. Ele tinha se tornado um sujeito parrudo, de pescoço e braços grossos, peito dilatado. Explicou que era musculação. Fazia musculação todos os dias, antes de ir trabalhar, e às vezes repetia algumas “séries específicas, só perna, só braço, só peito” à noite, antes de ir para casa. Ele entrou na minha frente no restaurante e notei que ele caminhava com as pernas retesadas e afastadas uma da outra, como as pernas traseiras de um cão dobermann. Pedro tem uma mulher encantadora, no entanto busca pretextos para sair de casa, não para encontrar com outra, como todo homem casado agarra com unhas e dentes as oportunidades para se livrar, de maneira bem-comportada, da presença da esposa, nem que seja por um tarde.

19 de agosto

Byron anotou no seu diário: “Só Deus sabe as contradições que este diário pode conter. Se sou sincero comigo mesmo (infelizmente mente-se mais para si do que para os outros), cada página deve invalidar, refutar e inteiramente repudiar a que a antecede”.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Planeta dos Macacos - Cena

Abaixo, uma das cenas mais clássicas do cinema, o final do Planeta dos Macacos. Se você não viu o filme, não assista, pois esta cena vai estragar a surpresa...

Nesta cena final há ainda uma frase cláSsica, dita por um Charlton Heston desesperado:
You Maniacs! You blew it up! Ah, damn you! God damn you all to hell!

O Planeta dos Macacos


Não sou um grande fã de livros ou filmes de ficção científica. Acho que nunca li nada desse gênero e são poucos os filmes desse tipo que me chamam a atenção. Mas gosto de filmes pós-apocalípticos (um gênero por si só) e de paradoxos das viagens no tempo. mas é difícil de enquadrar Planeta dos Macacos, que está bem além de um mero filme de ficção científica. Os temos filosóficos abordados no filme são inúmeros, se destacando o Direito Animal.

Com o sucesso do primeiro filme, Planeta dos Macacos, de 1968, vieram as sequências De volta ao Planeta dos Macacos (1969), A Fuga do Planeta dos Macacos (1971), Conquista do Planeta dos Macacos (1972) e A Batalha do Planeta dos Macacos (1973). A refilmagem do original, por Tim Burton, em 2001, nem merece ser mencionada, de tão ruim.
Coloco abaixo algumas frases e diálogos de dois desses filmes, A Fuga e A Batalha. Alguns estão no original em inglês, outros em tradução.

A Fuga do Planeta dos Macacos:

Repórter: Aqui há um quadro de uma paisagem. Agora, o artista que pintou este quadro diz: “Falta algo. O que é?”

Dr. Otto Hasslein: “Eu mesmo, que era parte da paisagem que pintei. Assim, ele mentalmente retrocede um passo, ou regressa, e pinta uma paisagem do artista pintando a paisagem. Mas ainda falta algo. Ainda falta ele mesmo pintando o segundo quadro. Então ele regressa mais ainda, e pinta um terceiro quadro: o quadro do artista pintando o quadro do artista pintando o quadro da paisagem. E porque algo ainda está faltando, ele pinta um quarto e um quinto, até que pinte um quadro do artista pintando um quadro do artista, pintando um quadro do artista pintando um quadro do artista pintando um quadro da paisagem.

Repórter: A Regressão Infinita, então...

Dr. Otto Hasslein: É o momento em que o nosso artista regressou ao ponto infinito, e torna-se parte da paisagem que pintou e é, ao mesmo tempo, observador e observado.

Repórter: Nessa condição peculiar, o que ele estaria observando se ele estivesse observando, digamos, o tempo?

Dr. Otto Hasslein: Ele descobriria que o tempo é um autoestrada com um número infinito de pistas, todas levando do passado ao futuro, embora não ao mesmo futuro. Um motorista na pista A pode bater, enquanto outro, na B, sobrevive. E um motorista, ao trocar de pista, pode estar alterando seu futuro. Não é difícil acreditar que nos corredores escuros e turbulentos do espaço sideral o impacto de um desastre planetário distante, mesmo entre galáxias, lançou os macacos do seu presente para o nosso presente. Assim, a prova está na sua chegada até nós e no seu testemunho oral.

Repórter: Muito obrigado, Dr. Hasslein. Esta é a história mais incrível que este repórter já cobriu.


Cornelius: Where we come from, apes did not love humans. They…hunted them for sports, much as you would animals. Yes, we use their bodies, alive and dead, experimentally. For anatomical dissection and scientific research.

Psychiatrist Dixon: Well…We do the same thing to animals. I mean, as a scientist I sympathize, but I agree that’s a revelation the masses would not take kindly to.



General: Have they been fed? Raw steak?

Lieutenant: The zoo tells me the chimpanzees, like all apes, are vegetarian, sir. They suggested oranges.

General: Good God!



A Batalha do Planeta dos Macacos:



“The greatest danger of all is that danger never ends.”


Mandemus: But Virgil, accept my premise.

Virgil: What premise?

Mandemus: Man learned to travel faster than sound. He could have learned to travel faster than light.

Virgil: We accept.

Mandemus: Then imagine a musician giving a live broadcast from London to New York on a Wednesday. He then travels faster than light from London to New York, where he arrives, as physicists would confirm, on the previous Tuesday. Listens to his own broadcast on the Wednesday, dislikes its quality intensely, then travels back faster than light to London in time for him to decide not to gi

ve his broadcast. Come. I’ll prove it to you logically.


Mandemus: An ape may say “no” to a human, but a human may never say “no” to an ape.


McDonald: Vou indo, estou morrendo de fome. Poderia comer um cavalo.

Lisa: Um cavalo?!

Caeser: Oh, lembre-se Lisa, eles costumavam comer várias coisas: gado morto, galinhas mortas, porcos mortos.


Mandemus: What does Caeser want?

Caeser: Weapons.

Mandemus: For what purpose?

Virgil: Self-protection in the pursuit of knowledge.

Mandemus: Self-protection against whom or what?

Virgil: We don’t know.

Mandemus: So what is the point of protecting yourself against a danger of which you have no knowledge, in pursuit of a knowledge you do not possess? Is it a knowledge for good or evil?

Virgil: All knowledge is for good. Only the use to which you put it can be good or evil.

Mandemus: Well put.

Virgil: Thank you.



Governor Kolp: He’s an animal. He’s only an animal.

Assistant: No, Governor, he’s more than an animal. He can speak. So can they all.

Governor Kolp: So speech makes them human?

Assistant: Speech makes them intelligent. And intelligence may make them not human. But humane. Perhaps they came in peace.

Governor Kolp: Idiot. They were armed.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Frases de Filmes - Quanto mais quente melhor

Se alguém quiser ver apenas um filme com Marilyn Monroe, veja a comédia Quanto mais quente melhor, ou Some Like it hot, no original. Aí vai uma frase do filme, dita por Tony Curtis:

Well, I guess some like it hot, I personally prefer classical music.