segunda-feira, 28 de março de 2011

Elogio da Loucura

No livro Elogio da Loucura (L&PM, 2003, tradução de Paulo Neves), de Erasmo de Roterdam, escrito no século 16, o autor faz críticas sarcásticas a diversos tipos de pessoas e instituições. O mais interessante é que, mesmo séculos depois, muitas delas permanecem bastante atuais.

Eis um trecho interessante:



Pode-se colocar na mesma classe aquelas pessoas que não gostam de outra coisa senão da caça. É um prazer imenso, segundo eles, ouvir o som rude e desagradável das trompas e os latidos medonhos dos cães. Acho até que eles cheiram o excremento dos seus cães com tanta volúpia como se fosse almíscar. Que prazer quando chega o momento de dilacerar um animal selvagem!  Cortar, arrancar os membros dos bois e dos carneiros é uma ocupação vil e desprezível que se delega à gentalha; mas dilacerar os membros palpitantes de um animal selvagem é um exercício nobre e glorioso reservado apenas aos heróis. É de joelhos, com a cabeça descoberta e uma faca consagrada a essa finalidade (pois seria uma crime empregar uma outra), é com certos gestos, com um certo respeito religioso que se realiza essa imponente cerimônia, enquanto os assistentes, dispostos em silêncio ao redor do sacrificante, admiram, como algo maravilhoso e inédito, esse espetáculo que talvez já tenham visto milhares de vezes. Feliz o mortal que é convidado a degustar uma pequena porção do animal! É uma honra que ele considera como um dos títulos mais gloriosos de sua família... Tudo o que ganham esses caçadores determinados é que eles se tornam, no final, quase tão selvagens quanto os animais que perseguem e comem. 

terça-feira, 22 de março de 2011

Pôsteres Poloneses - Parte 1

Se teve um lugar do mundo em que o comunismo fez bem pro povo esse lugar foi a Polônia.

Embora filmes americanos e europeus pudessem passar no país, os cartazes muitas vezes sofriam algum tipo de censura. E aí foi a chance de artistas plásticos poloneses brilharem, como Walkuski, Pagowski, Wasilewski e o premiadíssimo Wiktor Gorka, colocando toda sua loucura (no bom sentido) e genialidade para trabalhar em peças extremamente originais e inusitadas. E acabou que isso virou uma tradição hono país, mesmo depois da queda da ditadura, para o bem de todos.

Abaixo, veja a versão de alguns cartazes de filmes estrangeiros na Polônia.


As Bruxas de Eastwick


Amarcord


Fuga de Nova York


Cabaret


Crocodilo Dundee


Dumbo


Bonequinha de Luxo


Atração Fatal


Amadeus


Hair

segunda-feira, 7 de março de 2011

3 em 1 - Dancing with myself

Dancing with myself foi um clássico dos anos 80 na voz de Billy Idol, cantor que tentou reaparecer no cenário musical no fim dos anos 90, sem sucesso. Aqui três versões da música. A original, que hoje é totalmente trash; a do Nouvelle Vague, excelente banda francesa de vocais femininos que recria com extrema competência vários clássicos da música pop e punk com roupagem bem inusitada; e a dos Muppets.

Billy Idol


Nouvelle Vague


Muppets