quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Alegriazinha
Junte um brasileiro recém saído da sua banda em crise + um brasileiro de férias da sua banda americana de enorme sucesso + uma americana totalmente desconhecida . Bom... isso não diz absolutamente nada. Acrescentemos então que o trio se encontrou na California, e que os rapazes se tornaram velhos amigos em pouco tempo, e que a moça começou a namorar um dos rapazes, e que cada um começou a mostrar as composições que não ousavam mostrar para mais ninguém, e que começaram a fazer música juntos.
É....isso continua não dizendo coisa alguma sobre o Litlle Joy, banda formada por Rodrigo Amarante (ex-Los Hermanos), Fabrizio Moretti (The Strokes) e Binki Shapiro. O grupo lançou um CD de canções (em inglês e português, cantadas por Binki e Rodrigo) do tipo que não se ouvia nem nos EUA nem no Brazil. Elas têm um aparente descompromisso formal, de coisa de amigos se divertindo, dando ao disco um clima de agradável melancolia. É banda de um disco só? Provável, mas não importa agora...
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Como falar com garotas
O americano Alec Greven escreveu um livro com conselhos para relacionamentos amorosos chamado Como Falar Com Meninas (Editora Record, traduzido por Ana Ban). Claro que esse tipo de manual não é novidade, o que surpreende é que o autor tem apenas 9 anos de idade.
Alec escreveu o livro como uma tarefa escolar, e inspirou-se, diz ele, ao observar o comportamento dos colegas no recreio.
Abaixo, uma entrevista onde ele diz, entre outras coisas: "Se não der certo, você tem que saber superar. Porque se você não conseguir superar, isso certamente vai arruinar sua vida e persegui-lo para sempre. Como eu sempre digo, a vida é dura, siga em frente."
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
O Solista
Fui ver O Solista, filme baseado em história real ocorrida nos Estados Unidos. Um repórter entediado (Robert Downey Jr.) encontra por acaso um mendigo (Jammie Fox) violinista. Ao longo do filme descobrimos que o mendigo estudava cello em uma renomada escola de música e que, vítima da esquizofrenia, acabou abandonando tudo para morar nas ruas.
O filme é BEM chato. Arrastado. Monótono. Repetitivo. Cansativo. Não veja, a não ser que seja um estudante de psicologia, serviço social ou coisa que o valha com interesse em insuportáveis personagens esquizofrênicos.
Mas enquanto assistia ao filme, lembrei imediatamente de uma história muito similar acontecida aqui em Porto Alegre. Um menino chamado Ludwig, aos dez anos de idade, era considerado um prodígio do piano. Foi apresentado ao público na capa do Segundo Caderno da Zero Hora em 1996 como o solista de um recital que incluía Bach, Bartok e Beethoven. Tocava tudo isso sem partitura.
Recentemente, o mesmo jornal fez uma matéria para saber que fim o menino levou, já que não se ouviu mais falar dele. Hoje, aos 24 anos, não toca mais. Vaga pelas ruas do Centro, onde mora numa pensão. Já foi visto vendendo Cds piratas nasa ruas. Ainda hoje, quem o conheceu lamenta profundamente o seu destino.
A história está toda aqui, inclusive com um link para a primeira matéria, de 1996.
Sinceramente, é melhor ler a reportagem que ver o filme O Solista.
Nota do filme: 2,6
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Os 50 Piores Filmes
Eis a lista, começando pelo quinquagésimo:
50- Homem Aranha 3
48- Ricos, Bonitos e Infiéis
47- Uma Festa no Ar
46- Howard, o Super Herói
45- Blade Trinity
44- The Matrix Revolutions
43- Ano Um
42- Parting shots
41- Van Helsing
40- Superman IV
39- Dungeons and Dragons
38- O filho do Máscara
37- Max Payne
36- Eragon
35- House of the dead
34- Eu sei Quem me Matou
33- Ultravioleta
32- The Spirit
31- A pantera cor de rosa 2
30- Todo mundo em pânico
29- Southland Tales
28- Tudo Para Ficar com Ele
27- Street Fighter
26- Glitter
25- Transformers 2
24- Velocidade Máxima 2
23- Fora de Casa!
22- Tubarão – A vingança
21- Alone in the dark – O Despertar do Mal
20- Destino Insólito
19- Gigli
18- O apanhador de sonhos
17- As Branquelas
16- Plan 9 from Outer Space
15- Mulher-gato
14- Super-Heróis - A Liga da Injustiça
12- Norbit
11- Espartalhões
10- O quarto the room
9- Highlander 2
8- Fim dos Tempos
7- Sex lives of the potato men
6- O portal do Paraíso
5- Deu a louca em Hollywood
4- O resgate do Titanic
3- O Guru do Amor
2- A Reconquista
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
No llores por mi
Às vezes quero ver um filme justamente pelo seu potencial de chorabilidade. Sim, eu gosto de chorar
Mas, falando assim, até parece que sou um chorão de cinema, mas não é bem assim. Não é qualquer filme que tem esse efeito sobre mim. Mas tem um filme que me pegou de jeito. Mar Adentro, do diretor Alejandro Amenábar. Fui sozinho ao cinema e, quando chegou na cena do “voo pela janela” com a trilha de Nessun Dorma tocando a todo volume, desabei. Está certo que tinha parado com o lítio na época e meu humor estava meio desestabilizado. Mesmo assim, quis me testar e fui ver o filme de novo, na mesma semana, no mesmo cinema. Resultado: quase desidratei na minha poltrona. Anos depois, comprei o DVD e me preparei para o filme de novo. O filme continua excelente, mas eu já estava totalmente anestesiado. Seria a falta da tela grande? Não sei.
Mas enrolei até aqui só para mencionar o filme que fui assistir ontem, Amor Sem Escalas (Up in the air), de Jason Reitman, mesmo diretor de Juno e Obrigado por fumar. O título em português engana, ainda mais com o cartaz feito para o cinema brasileiro, que dá a entender que se trata de uma comédia romântica tradicional, e que, por ser com o George Clooney, possivelmente terá um final feliz. Mas, como na vida, nem tudo é o que parece. Clooney interpreta um profissional especializado em demitir pessoas justamente numa época de grande recessão nos EUA. Como está sempre em viagem, passa mais tempo no avião que em casa, sem raízes familiares ou sentimentais de qualquer espécie. O elenco principal está muito bom, assim como todos os coadjuvantes. Os diálogos inteligentes são raros de se ver no cinema americano hoje em dia.
O filme também tem o mérito de tratar uma condição masculina poucas vezes tratada com honestidade no cinema. Há humor, há romance, mas também é sobre o vazio da solidão e a angústia do tempo. Não, não é um filme para chorar. É pior: é para deixar o choro preso na garganta, sem ter onde derramá-lo.
NOTA: 8,2